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ENTREVISTA 20 ANOS DE CARREIRA

DJ LUCCAS SERAFIM 

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Qual foi pra você, a parte mais difícil do processo de aprendizado ao longo dos cursos que já realizou? 

O maior desafio até hoje, são os valores. Isso pra todo mundo. Empresas renomadas estão cobrando valores altíssimos. Eu aprendi vendo, e ouvindo. Aprendi a música raiz, e como já produzia as musicas para os shows, acabava ficando mais fácil entender. Com o tempo fiz os cursos para aperfeiçoamento, porém não uso quase nada o que eles “ensinam”. Além de não ter escolas grandes com aulas destinadas ao segmento tribal house. Até por isso, esse ano (2023) resolvi dar aulas particulares com o intuito de mostrar a realidade da cena. 

 

Sabemos que todas pistas são importantes, mas qual foi a que mais marcou seu coração até hoje? Porque? 

Pode até parecer clichê, mas TODAS tem um papel muito importante. Até mesmo as que me renderam perrengues. E já foram inúmeras situações inusitadas viu (risos). Mas tem alguns lugares que pra mim são revigorantes. Minha pista do Deca (Praia Mole/Floripa)  (onde sou produtor) e quem já foi lá sabe dessa energia surreal que estou falando. E não poderia acrescentar no ápice da minha carreira, a Apresentação Oficial da Marcha Pela Diversidade de Curitiba, onde reunimos mais de 70 mil pessoas. Esse evento é emocionante e me da força todos os anos pra continuar lutando.  

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Como começou sua conexão com a música e com a profissão DJ? 

Essa é uma pergunta que sempre arranca surpresas das pessoas. Isso porque o Luccas Serafim, não nasceu nas picups e sim nos palcos. A personagem em questão era Ashley Factory (minha drag interior). Ela (Ash) é responsável por libertar um Luccas que até então nunca existiu. Eu era tímido, era do tipo que ficava nos cantos das boates com medo de tudo. Não falava com quase ninguém. E convenhamos que ser gay há 20 anos atrás não tinham as facilidades dos dias atuais. Era tudo muito escondido, e difícil. Com o tempo passei a gostar de produzir as musicas pro show. Cheguei a tocar montado no inicio, mas com o tempo a drag foi dando lugar pro deejay. Nessa época também, não tinha nenhuma luz pro dj. Poucos sabiam quem eram os artistas das cabines.
P.s.: As vezes a Ash sobe aos palcos pra tocar viu. (risos) 

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Quais são os planos pra sua carreira em 2023? 

2023 promete ser um ano bem movimentado (vide minha agenda até aqui). Já temos caminhos internacionais direcionados, assumir residência de um selo forte em SP, e expandir para o nordeste (que também já era um sonho). Além de correr atrás para abrir meu espaço (casa noturna). 

Já com a PinkTimes (essa agencia é babado viu) a intenção é transformar a Pink como única mediadora das minhas contratações, para que eu possa focar em outros pontos da carreira.  

 

Como você divide seu tempo entre outras atividades e sua carreira artística? 

Complicado essa pergunta. Creio que a gente não divide. A gente aprende a entrelaçar uma coisa com a outra. Já perdi muitos aniversários de família, casamentos, e afins por conta de agenda. Fim de ano então, pular ondinhas? O Que é isso mesmo? 

 

Qual mensagem deixaria para pessoas apaixonadas pela música, que querem seguir no caminho da arte?  

A mensagem é uma só: viva na intensidade de que se ama. Sem amor, não há vitórias!
Eu sempre uso uma frase, que muitas pessoas já me disseram que usam até hoje: Seja uma artista, dentro e fora dos palcos. Não adianta subir pegar a cdj e arrasar (isso já o que se espera). Seja um artista completo. Os frutos vêm. E são saborosos! 

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